terça-feira, 17 de agosto de 2010

Orientação Sexual


Orientadora:Joana Bosco



Grupo:Cintya Tormes


Christiane Melo


Danuza Leite


Érica da Silva


Márcia de Farias


Morgana Leite



Apresentação



É de suma importância abordar o tema Orientação Sexual como algo que diz respeito à saúde e a vida. Engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito mútuo, descriminações e estereótipos atribuídos, o avanço da AIDS e demais DSTS, a gravidez indesejada na adolescência entre outros casos.


A orientação Sexual como tema transversal descreve a postura do educador e da escola ao tratar do assunto diferenciando, pois, a postura do ambiente familiar. De modo geral, discute as capacidades desenvolvidas pelos alunos do ensino fundamental, visando permitir encontrar na escola um espaço de informação e formação referentes ao seu momento de desenvolvimento e às questões sociais.


O objetivo deste tema está em promover reflexões e discussões de técnicos, professores, equipes pedagógicas e pais, a fim de sistematizar a ação pedagógica na evolução dos alunos, levando em conta os princípios morais de cada indivíduo respeitando os Direitos Humanos.




Justificativa



A temática da sexualidade no currículo escolar de primeiro e segundo graus começou a ser tratada a partir da década de 20 e tem se intensificado na década de 70 por conta da abertura política e dos movimentos sociais, repensando o papel da escola e dos conteúdos por ela trabalhados. Mesmo assim as iniciativas não foram suficientes para atingir ao público daquela época.


Em meados dos anos 80, os trabalhos sobre sexualidade nas escolas aumentaram devido à preocupação dos educadores com o grande índice de gravidez indesejada entre as adolescentes e com o risco de contaminação pelo vírus HIV. Atualmente, os pais reivindicam a Orientação Sexual nas escolas, reconhecendo a dificuldade de trabalharem abertamente o assunto em casa.


A forma como os valores morais e a maneira como o faz determina (na maioria dos casos) a educação das crianças que recebem com maior intensidade as noções que construirão a sua sexualidade. Pessoas que não pertencem à família e mídia em geral (comercias, novelas, etc.) podem influenciar de maneira errônea na formação das crianças, distorcendo conceitos e explicações sobre a sexualidade.


Todas essas questões são traduzidas pelos alunos para dentro da escola. Cabe a ela desenvolver ação crítica, reflexiva e educativa.


O trabalho sistemático e sistematizado de Orientação Sexual dentro da escola articula-se, com a promoção da saúde das crianças e dos adolescentes. A existência desse trabalho possibilita também a realização de ações preventivas às doenças sexualmente transmissíveis/AIDS de forma mais eficaz.


O trabalho de orientação sexual abre os olhos da população para problemas graves como gravidez indesejada e abuso sexual. Informações corretas aliadas ao trabalho de autoconhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade são necessárias para a prevenção desses problemas.




Concepção do Tema



A sexualidade relaciona-se com busca do prazer(necessidade fundamental na vida das pessoas) e se manifesta desde o nascimento até a morte de diferentes formas,a cada etapa do desenvolvimento,expressando-se de forma peculiar em cada sujeito.


Sexo é a expressão que define um conjunto de características anatômicas e funcionais e sexualidade é a expressão cultural.Cada sociedade constitui parâmetros para o comportamento sexual de cada indivíduo.


A proposta de Orientação Sexual considera a sexualidade e suas dimensões biológica,psíquica e sociocultural.



· Sexualidade na infância e na adolescência


Os contatos entre mãe e bebê,despertam na criança primeiras experiências de prazer,porém não são essencialmente biológicas.A sexualidade infantil se desenvolve nos primeiros dias de vida e se manifesta de forma diferente em cada momento da infância.


As crianças recebem uma qualificação ou “julgamento” do mundo adulto desde cedo,este se encontra imerso em valores e crenças atribuídas à busca do prazer,construindo assim sua vida psíquica.


É na exploração do próprio corpo e observação dos outros que a criança preocupa-se com as diferenças entre os sexos com as expressões que caracterizam o homem e a mulher.


Os conceitos sobre sexualidade infantil existem desde o começo deste século e ainda hoje não são aceitos pelos educadores que por considerarem as crianças puras e inocentes,não tem sexualidade a expressar.Erroneamente, estes educadores possuem a conotação de algo “feio,sujo;pecaminoso”.No mais,já se encontram outros conceitos da existência e importância da sexualidade para o desenvolvimento de crianças e jovens.


Em relação a puberdade,inclui-se alterações hormonais que muitas vezes provocam estado de excitação incontroláveis,intensificação da atividade masturbatória e instala-se a função genital.Esta é uma fase de descobertas e experimentações em relação à atração e às fantasias sexuais.


Por ser um tema atual e presente no nosso cotidiano,os profissionais da educação devem adotar uma postura que legitime o papel e delimite a atuação do educador nesse campo.





A Orientação Sexual na escola



O trabalho de Orientação Sexual na escola é feito em virtude de questionar,orientar e ampliar o leque de conhecimento e opções para que o aluno decida qual caminho seguir.


A orientação sexual não-diretiva propõe que não haja caráter de aconselhamento individual,portanto,o tema deve ser tratado dentro do limite da ação pedagógica,sem invadir a intimidade e o comportamento do aluno.


A escola deve informar e discutir os tabus,preconceitos,crenças e atitudes existentes na sociedade,buscando uma inserção total.Ao proporcionar informações científicas e explicar os valores associados à sexualidade,possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes com valores elegidos individualmente.


Experiências bem-sucedidas em escolas apontam resultados importantes:aumento do rendimento escolar e da solidariedade e do respeito entre os alunos.




  • Postura do educador


Antes de tudo,o educador deve reconhecer que há por parte das crianças e dos jovens,a curiosidade e a busca do prazer a cerca da sexualidade.


É necessário que o professor tenha formação específica para tratar desse assunto com crianças e jovens na escola,permitindo a construção de uma postura profissional e consciente ao tratar desse tema.


Tendo em vista sua atuação como profissional,o professor deve ter discernimento para não transmitir seus valores,crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas.


Para um bom trabalho de Orientação Sexual,é necessário que haja uma relação de confiança entre professor e aluno.


É importante a disponibilidade do professor para conversar sobre as questões apresentadas,não emitindo juízo de valor nas colocações feitas pelos alunos,respondendo às perguntas de forma direta e esclarecedora.Informações científicas são fundamentais para uma maior consciência de seu próprio corpo e melhores condições de prevenção as doenças sexualmente transmissíveis,gravidez indesejada e abuso sexual.


Na condução desse trabalho,o professor deve orientar todas as discussões,respeitar(ele próprio) a opinião de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o respeito mútuo e a participação de todos.




  • Relação escola-família


O trabalho de Orientação Sexual proposto pela escola vem complementar à educação dada pela família.a escola por sua vez deve informar os familiares dos alunos sobre a inclusão da Orientação Sexual na proposta curricular e explicas os princípios,não competindo a esta julgar certa ou errada a educação que cada família oferece.


Por entender que a abordagem oferecida acontece a partir de uma visão pluralista de sexualidade,cabe a escola trabalhar o respeito às diferenças. A única Exceção refere-se as situações em que haja violação dos direitos das crianças e dos jovens.Cabe à escola posicionar-se a favor dos alunos,garantindo sua integridade básica,comunicando ao Conselho Tutelar(podendo manter o anonimato) ou autoridade correspondente.



Orientação sexual como tema transversal



A abordagem da sexualidade no âmbito da educação precisa ser explícita para que seja tratada de forma simples e direta; ampla, flexível e sistemática.


A proposta de Orientação Sexual carateriza-se por trabalhar o esclarecimento e a problematização de questões que favoreçam a reflexão das informações, emoções, valores recebidos e vividos no decorrer da história da criança e do adolescente não somente em relação aos aspectos biológicos, mas também e principalmente aos aspectos sociais, políticos, culturais, econômicos e psíquicos dessa sexualidade.


Trata-se de uma temática muito associada a preconceitos, tabus e crenças singulares. É necessário que as diferentes crenças e valores, as dúvidas e os questionamentos sobre os diferentes aspectos ligados à sexualidade encontrem espaço para se expressar, por meio do diálogo e da reflexão, pautando sempre o respeito a si próprio e ao outro, com isso, o aluno transformará ou reafirmará concepções e princípios, construindo assim o seu próprio código de valores.


A partir da puberdade os alunos já apresentam melhores condições de refletir sobre tema´ticas como aborto, virgindade, homossexualidade, pornografia, prostituição, entre outros. É importante que a escola possa oferecer um espaço específico dentro da rotina escolar para essa finalidade, pois além de ser um aspecto social visa a promoção do bem-estar e da saúde.




Objetivos gerais de Orientação Sexual para o ensino fundamental



A orientação sexual nas escolas tem como objetivo contribuir para que os alunos desenvolvam e exerçam sua sexualidade com prazer e responsabilidade, a prática desse exercício, tanto trabalha o respeito por si e pelo outro como também busca garantir direitos básicos tais como: saúde, informação, conhecimento, que são fundamentais na formação dos cidadãos.


Ao fim do ensino fundamental, os alunos deverão ser capazes de:


. Respeitar o ser humano independente de crenças e valores, garantindo a dignidade;


. Visar o prazer como uma dimensão saudável da sexualidade humana;


. Cuidar da saúde do corpo como necessidade de usufruir do prazer sexual;


. Reconhecer que homens e mulheres tem determinadas culturas/ características, posicionando-se contra ou a favor;


. Proteger-se de relacionamentos exploradores;


. Ser solidários com os portadores de HIV e complementar políticas públicas voltadas para a prevenção e tratamentos das DST’S;


. Conhecer e adotar preservativos no ato sexual evitando assim, a contaminação e transmissão das DST’S;


. Desenvolver uma consciência crítica sobre sua sexualidade.




Aborto



É a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode ocorrer de forma espontânea ou artificial.



Aborto espontâneo


O aborto espontâneo é devido a ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortamentos espontâneos são causados por uma incorreta replicação dos cromossomos e por fatores ambientais.



Aborto induzido


Aborto causado por uma ação humana deliberada. O aborto induzido possui as seguintes subcategorias:


.Aborto terapêutico


- aborto provocado para salvar a vida da gestante;


- para preservar a saúde física ou mental da mulher;


- Para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos;


- Para reduzir seletivamente o número de fetos para minorar a possibilidade de riscos associados a gravidezes múltiplas.


. Aborto eletivo


- aborto provocado por qualquer outra motivação.




Aborto subclínico


Abortamento que acontece antes das quatro semanas.




Aborto precoce


Entre quatro e doze semanas.



Aborto tardio


Após doze semanas.



Gênero e Homofobia



O conceito de gênero se refere a padrões de masculinidade e feminilidade construídos social e culturalmente a partir das diferenças biológicas entre homens e mulheres.


Mais do ponto de vista social, o gênero é mutável e plural, ou seja, varia ao longo da história e de acordo com a classe social; idade, religião, etnia, região, rompendo assim com a concepção binária masculino/feminino.


Sexo e sexualidade não são a mesma coisa. O sexo designa a caracterização anatômica e fisiológica dos seres vivos, entre eles os seres humanos (macho, fêmea, intersexo), além da atividade sexual propriamente dita. A sexualidade define-se como expressão de desejos e prazeres envolvendo preferências, predisposições, experiências físicas e comportamentais, orientados a sujeitos do sexo oposto, do mesmo sexo ou de ambos os sexos.


Frequentemente se associam o sexo a macho/fêmea e o gênero a masculino/feminino. Isso contribui para que a sexualidade seja vista como a orientação sexual “natural”, “normal”, no entanto, no nosso cotidiano vamos perceber que não existe essa relação “natural”, há uma diversidade sexual e de gênero. A escolha do parceiro vai depender da orientação sexual de cada pessoa e não do seu sexo. Na nossa sociedade o padrão hegemônico de comportamento sexual é o heterossexual por isso as identidades sexuais não hegemônicas são discriminadas e marginalizadas.


São eles:


. Bissexual: Pessoa que se sente sexualmente atraída por ambos os sexos.


. Gay: Homem de orientação homossexual que se relaciona sexual ou afetivo-sexualmente com outros homens.


. Lésbica: Mulher de orientação homossexual que se relaciona sexual ou afetivo-sexualmente com outras mulheres.


. Transexual/transgênero: Pessoas que buscam modificações no nome, na expressão corporal e na anatomia. Essa categoria inclui travesti, transexuais, intersexos, andróginos, transformistas, etc.


Homofobia é a manifestação de preconceito e discriminação negativos ,aversão hostilidade,exclusão e violência contra pessoas de orientação sexual não hegemônica,gays,lésbicas,bissexuais,travestis e transexuais assim como contra todas as pessoas cujas expressões de masculinidade e feminilidade não se enquadram nos padrão heterossexual.A homofobia é resultante da heteronormatividade e do heterossexismo,ou seja,uma forma de violência de gênero.


Na escola a homofobia esta presente muitas vezes de forma traiçoeira no tratamento desigual e preconceituoso que crianças e jovens recebem.Homossexuais e transgêneros são claramente repudiados vitimas de chacota e mesmo de agressões vitima de agressões vitimas.Até alunos heterossexuais que fogem aos padrões físicos e comportamentais terminam sofrendo com a exclusão e a humilhação.


È papel da escola refletir, informar, problematizar e debater essa questão para que o ‘’diferente’’ se torne ‘’igual’’ porque antes de ser homossexual o aluno é ser humano deve ser tratado como tal.




Exploração/Abuso sexual infantil



A Exploração Sexual Infantil é um problema cada dia mais freqüente. “N” Fatores levam a agravar os índices de crianças exploradas: Devido à pobreza extrema, os distúrbios psicológicos por parte dos que praticam drogas, etc.


E se depender do pensamento “isso não é problema meu” atrelado ao pacto de silêncio, os índices de acontecimentos estarão longe de reduzir. Isso se dá também pelo medo que as pessoas têm de se expor e acabar prejudicando-se com ameaças vindas dos agressores. Para reduzir esse problema, o disque 100, serviço do governo federal juntamente aos conselhos tutelares e varas da infância e da juventude, inclui nesse programa o direito ao anonimato.


Mas ainda faltam conscientização e solidariedade por meio da sociedade, afinal, os prejudicados são as crianças e adolescentes que sofrem com o “absurdo” sexual.





Prevenção as doenças sexualmente transmissíveis/AIDS



As informações sobre as doenças devem ter sempre como foco a promoção de condutas preventivas, enfatizando-se a distinção entre as formas de contato que propiciam risco de contagio daquelas que,na vida cotidiana não envolvem risco algum.


Particularmente em relação a AIDS o tratamento que esse tema deve ter em Orientação Sexual é o oposto ao que foi dado por algumas campanhas de prevenção veiculadas pela mídia : “AIDS mata” essa mensagem contribui para o aumento do medo e da angustia,desencadeando reações defensivas a mensagem fundamental a ser trabalhada é “AIDS previna-se”.


Conteúdos a serem discutidos:


. O conhecimento da existência de doenças sexualmente transmissíveis


. A compreensão das formas de prevenção e vias de transmissão da AIDS;


. Recolher, analisar e processar informações sobre a AIDS,por meio de folhetos ilustrados,textos e artigos de jornais e revistas;


. O conhecimento e a adoção dos procedimentos necessários em situação de acidente ou ferimentos que possibilitem o contato sanguíneo;


. O repudio as discriminações em relações aos portadores de HIV e doentes de AIDS;


. O respeito e a solidariedade na relação com pessoas portadoras do vírus HIV ou doentes de AIDS;




Outras DST’S





Candidíase
A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com freqüência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.


Transmissão
Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.
Período de Incubação
Muito variável.
Diagnóstico
Pesquisa do agente no material vaginal. O resultado deve ser correlacionado com a clínica.
Tratamento
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.
Prevenção
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha.




Gonorréia
Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos).


Transmissão
Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença.
Período de Incubação
2 a 10 dias
Diagnóstico
Exame das secreções coradas pelo Gram e/ou cultura do mesmo material.
Tratamento
Antibióticos.
Prevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.




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Hepatite B
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal.
Os sintomas, quando presentes, são : falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns.


Transmissão
Através da solução de continuidade da pele e mucosas. Relações sexuais. Materiais ou instrumentos contaminados: Seringas, agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure etc. Transfusão de sangue e derivados. Transmissão vertical : da mãe portadora para o recém-nascido, durante o parto (parto normal ou cesariana). O portador crônico pode ser infectante pelo resto da vida.
Período de Incubação
30 à 180 dias (em média 75 dias).
Diagnóstico
É feito através de exames realizados no sangue do paciente.
Tratamento
Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os sintomas e as complicações.
Prevenção
Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.




Herpes Genital
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo vírus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmiti-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.


Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto.
Período de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.
Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são raramente utilizados.
Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.
Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro.




Conclusão



Este trabalho nos proporcionou o esclarecimento de carias dúvidas e a quebra de tabus relacionados ao sexo e a sexualidade.


Temas como: gravidez na adolescência, aborto, homossexualidade, exploração sexual infantil e doenças sexualmente transmissíveis são cotidianos, dificilmente abordados e discutidos corretamente dentro de casa e nas escolas.


Nosso objetivo é mostrar que a Orientação Sexual é uma disciplina tão importante quanto as outras e que deve ser trabalhada em sala de aula desde a infância para que as crianças desenvolvam o conhecimento e se tornem adultos responsáveis.




Bibliografia



. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental.


Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.




. Equipe de gênero e diversidade sexual na escola: por uma prática pedagógica inclusiva/ Maria Eulina Pessoa de Carvalho, Fernando Cezar Bezerra de Andrade, Cristiane Souza de Menezes organizadores – João Pessoa: Ed. Universitária/UFPB, 2009.




. http://www.dst.com.br.



. Wikipedia.org/wiki/aborto

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